Situado no complexo minerário da Serra do Itatiaiuçu, o empreendimento produz cerca de 2,3 milhões de toneladas/ano de minério de ferro, gerando 650 mil toneladas de rejeito/ano do processo de beneficiamento. Em 2007, mudanças no tratamento do minério resultaram em uma lama de finos de rejeito rica em sílica. Visando o mercado da construção civil, a empresa resolveu investir em pesquisas voltadas para este segmento. A areia industrial, desagregada do rejeito e misturada a outros insumos produziu um material considerado de excelente qualidade para a fabricação de blocos vazados e não vazados, pisos indicados para suportar trânsito leve, médio e pesado, meio fios e mourões para cerca.

A Gerência de Produção Sustentável da Feam reconheceu a iniciativa, destacando o aproveitamento de resíduos minerários. Segundo a Analista Ambiental, Andréia Almeida “além do melhor aproveitamento dos recursos minerais a prática permitirá, no futuro, a redução de áreas inundadas para a construção de barragens de rejeitos e a retomada de antigas estruturas como pilhas e barragens”. Além disso, a analista ressalta que esta boa prática mostra que é possível buscar soluções simples na busca pela sustentabilidade, unindo o uso racional dos recursos naturais e o retorno econômico da atividade.

Segundo o Gerente de Produção Sustentável da Feam, Antônio Malard, o objetivo do programa “Boas Práticas Ambientais na Indústria” é incentivar as empresas para que possam incorporar uma prática já adotada ou ter elementos para subsidiar outras ações. “Que esse caso apresentado seja o primeiro de muitos”, disse.

Para conhecer o programa e o relatório da prática apresentada, acesse o link http://www.feam.br/producao-sustentavel/boas-praticas

Milene Duque

Ascom/Sisema