O Conselho foi composto por 16 membros titulares e 19 suplentes, entre representantes dos poderes públicos federal, estadual e municipal, universidades, setor produtivo, sociedade civil organizada, organizações não-governamentais e população do entorno. A Presidência do Conselho, por determinação legal, é cargo do gerente da Unidade de Conservação, administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), neste caso, Antônio Augusto Tonhão de Almeida.
Na solenidade, Antônio Augusto lembrou que a criação do Parque, em 1994, foi conseqüência da luta da população de São Gonçalo do Rio Preto, que se organizou e exigiu a proteção da área da nascente do rio Preto, situada em região propícia ao garimpo. "Com a criação do Conselho, formalizamos o envolvimento da sociedade local nas discussões pertinentes à unidade de conservação e seu entorno", ressaltou.
A diretora de Áreas Protegidas do IEF, Aline Tristão, destacou a importância do Conselho para a discussão descentralizada dos problemas e demandas socioambientais da unidade de conservação e para integrar o parque à sociedade local. "A meta do IEF é criar e fortalecer os conselhos consultivos em todos os parques de Minas, além de intensificar a criação de outras unidades, como as áreas de proteção ambiental", complementou.
De forma lúdica, o diretor de Biodiversidade do IEF, Célio Murilo de Carvalho Valle, expressou a importância e a responsabilidade de cada conselheiro na gestão das riquezas naturais e culturais do Parque e da área do entorno. "Esse parque foi feito para proteger o rio, os bichos e as plantas. Todo cidadão desse Conselho deve estar unido para esse fim", destacou.
A primeira reunião ordinária do Conselho está marcada para o dia 24 de agosto, às 14 horas, na sede do Parque. Nesse primeiro momento será definido o regimento interno do grupo.
Moinho resgata história do parque
O mastro de madeira, o rodízio, as bicas, as pedras e o teto de esteira de taquara. Cada uma dessas peças foi recuperada para reconstruir o Moinho de Pedra sobre o Córrego da Lapa da Fazenda das Boleiras, hoje área do Parque Estadual do Rio Preto. Inaugurado antes da solenidade de posse do Conselho Consultivo do Parque do Rio Preto, o moinho, que no passado era utilizado para fazer fubá, foi reativado, moendo milho durante todo o período de visitação.
"Reconstruir o moinho é resgatar a história de ocupação da área do Parque antes da criação da Unidade de Conservação. É também papel do Parque preservar a história e a cultura do lugar onde está implantado", afirmou o gerente do Parque Estadual do Rio Pretop Antônio Augusto Tonhão de Almeida.
A restauração do moinho foi custeada pela Associação de Preservação e Proteção da Bacia Hidrográfica do Rio Preto (Prote Rio), criada em 1994, e símbolo da luta pela criação da área de preservação da nascente do rio Preto. Todas as peças do moinho são originais de antigos moinhos desativados da região.
Antônio Augusto informou que o caminho que leva ao moinho será transformado em mais uma trilha do Parque. "Será uma trilha interpretativa de convivência com a fauna e flora. Além dos aspectos naturais, vamos apresentar aos visitantes os atrativos culturais e históricos do Parque", explica.
23/07/2007
Fonte:
Ascom/Sisema