A 5ª Edição da expedição foi dividida em três roteiros: “Serra do Cabral”, “Espinhaço” e “Peruaçu/Pandeiros”. A escolha dos roteiros teve como objetivo avaliar as unidades de conservação das regiões visitadas que são o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, a Área de Proteção Ambiental (APA) Nacional Cavernas do Peruaçu, os Parque Estaduais Veredas do Peruaçu e Serra do Cabral, a APA do Rio Pandeiros, Refúgio de Vida Silvestre do Rio Pandeiros e a APA da Serra do Cabral.
Os grupos saíram de Montes Claros, da sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que foi a organizadora da Expedição. “Com a análise dos diversos processos de intervenção que prejudicam o meio ambiente os expedicionários avaliaram medidas que podem contribuir para a conscientização e a minimização destes impactos”, explica a coordenadora de Unidades de Conservação do Escritório Regional Alto Médio São Francisco do IEF, Laissa de Araújo Viana.
O roteiro do “Espinhaço” percorreu as cidades de Juramento, Itacambira, Botumirim, Cristália e Grão Mogol. “Uma das atividades foi a avaliação da criação do Parque Estadual de Botumirim na Serra do Espinhaço que está em discussão pelo IEF”, observa Laissa Viana. Já o roteiro “Serra do Cabral”, passou pelas cidades de Jequitaí, Francisco Dumont, Joaquim Felício, Buenópolis, Augusto de Lima, Lassance e Várzea da Palma.
O roteiro “Peruaçu/Pandeiros” passou por cinco unidades de conservação nacionais e estaduais inseridas nos municípios de Itacarambi, Januária, Conego Marinho e Bonito de Minas. Outros pontos da visita foram o rio Pandeiros e o rio Peruaçu, considerados rios de preservação permanente pela Lei Estadual 15.082/2004.
Foto: Divulgação IEF
Participantes da Expedição observam a Lagoa do Jatobá no PE Veredas do Peruaçu
Na APA Pandeiros visitou-se o balneário do Catulé, famoso no município de Bonito de Minas, e a nascente do Catulé Lourão. Foram observadas construções ilegais ao longo de Áreas de Preservação Perrmanente do rio Pandeiros e ainda a beleza e os impactos causados no Pantanal Mineiro, com extensas áreas alagadas tidas como um berçário natural, responsável pela reprodução dos peixes do rio São Francisco, além de abrigar uma enorme diversidade de aves, anfíbios, répteis e mamíferos.
Além da Prefeitura de Montes Claros e do IEF, participaram da atividade representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFJM), Unesco e Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
“O resultado final foi de grande importância, onde foi possível constatar as belezas naturais existentes nestas regiões bem como grandes danos ambientais que vêm ocorrendo”, observa Mário Lucio dos Santos. “O próximo passo será a elaboração de um documento final, a partir das diversas situações constatadas pelas equipes responsáveis por cada roteiro, onde se pretende mostrar a realidade socioambiental dessas regiões”, completa.
Emerson Gomes
Ascom/Sisema