Parque Estadual do Biribiri - IEF
Parque Estadual do Biribiri
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Cachoeira dos Cristais | Cachoeira Sentinela | Cachoeira Sentinela | ||
Vila Biribiri | Vista parcial do Parque | Trilha |
Dados Gerais
- Municípios de abrangência: Diamantina
- Bioma: Cerrado
- Área: 16.999 hectares
- Criação: Decreto Estadual nº 39.990 de 22/09/1998
O Parque Estadual do Biribiri (PEBI) está localizado na porção central da Serra do Espinhaço, região que foi reconhecida como Reserva da Biosfera, pela Unesco em 2005. Inserido no bioma do Cerrado, o Parque possui fauna e flora bastante diversificada sendo que muitas de suas espécies estão entre aquelas consideradas ameaçadas de extinção, tais como: lobo-guará, sussuarana, veado, sempre-vivas, orquídeas, bromélias, canelas-de-ema, dentre outras. Nos locais de afloramento rochoso, com altitude acima dos 900 metros em relação ao nível do mar, há ocorrência da fitofisionomia de campos rupestres que se destacam, por exemplo, pela ocorrência marcante de sempre-vivas e canelas-de-ema.
Biri em Tupyguarani significa buraco. A repetição da palavra faz menção a um “grande buraco”. Nome que era dado pelos índios, à região onde havia um grande acidente geológico, no qual justamente pelo potencial hidráulico, se instalou a fábrica de tecidos de Biribiri, que levou o nome do lugar. O Parque representa um dos principais atrativos naturais de Diamantina e região, tendo em seu interior diversas cachoeiras e trilhas com alto potencial para o ecoturismo e o turismo de aventura, diversos sítios arqueológicos pré-coloniais como os painéis de pinturas rupestres, e pós-coloniais, tais como o “Caminho dos Escravos” e várias ruínas. Estes vestígios de antigas populações complementam o patrimônio cultural de Diamantina.
No século XIX, o Bispo de Diamantina Dom João Antônio Felício dos Santos resolveu fundar uma fábrica de tecidos para empregar as moças pobres da região de Diamantina e arredores. O local foi escolhido aproveitando a existência da mencionada queda d'água e seu potencial hidráulico.Assim, em 1876, iniciaram-se as construções dos galpões onde funcionaria a fábrica, as casas dos operários, o pensionato, o armazém e a escola. No auge dos anos 1950 a Companhia Industrial de Estamparia mantinha ali 1.200 funcionários.
A pequena vila de Biribiri era equipada de açougue, armazém, bar, quadra de esportes, refeitório, consultório médico, dentista, clube social, além da igreja, do pensionato, e das casas dos operários que, funcionavam em casarões coloniais pintados de branco e azul. A Arquidiocese de Diamantina controlava a propriedade em Biribiri até sua venda a particulares. A fábrica foi desativada nos anos 1970 por motivos econômicos. Hoje a fábrica de tecidos Estamparia S.A administra a Vila de Biribiri.
Infraestrutura
O Parque possui os seguintes equipamentos:
- Portaria
- Sinalização
- E sede administrativa no Escritório Regional IEF Alto Jequitinhonha.
Horário de Funcionamento
A visitação acontece todos os dias, inclusive feriados, das 8h às 17h30.
Como Chegar
Partindo de Belo Horizonte, seguir a BR 040 no sentido Brasília, depois acessar a BR 259 até Curvelo. Após Gouveia, seguir pela BR 367, sentido Diamantina/Couto de Magalhães de Minas. Ao chegar no trevo de acesso ao bairro Cidade Nova, seguir pela Avenida Geraldo Edson do Nascimento até o número 600, onde está localizada a portaria do parque.
Contatos e Endereço
E-mail: parque.biribiri@meioambiente.mg.gov.br
Telefone: (38) 3532-6698
Endereço: Avenida Geraldo Edson do Nascimento, 600 – CEP: 39100-000, Diamantina - MG
Ingressos e Tarifas
A entrada gratuita.
Atrativos
Cachoeiras e poços: Dentre as cachoeiras mais visitadas estão as da Sentinela, a 7 km da portaria do parque, e a dos Cristais, a 12 km da portaria, considerando percurso via estrada. Nas proximidades da estrada de acesso a estas cachoeiras também existem diversos poços que podem ser visitados. Além destas, podem ser citadas as cachoeiras próximas a trilha do Caminho dos Escravos. No entanto, para acessá-las é preciso percorrer a trilha.
Mirantes: O parque possui uma exuberante beleza cênica que pode ser apreciada mediante alguns mirantes, tais como o mirante da Cruzinha e o mirante do Guinda, ambos de fácil acesso. Do mirante da Casa dos Ventos é possível apreciar uma linda vista. No entanto, o acesso a este mirante é restrito, sendo necessário o acompanhamento de funcionários do parque.
Trilhas: O parque possui diversas trilhas, dentre elas as mais visitadas são as trilhas da Sentinela, dos Cristais e do Caminho dos Escravos. As trilhas da Sentinela e dos Cristais possuem 5km e 9km de extensão, respectivamente, e iniciam-se na portaria do parque, porém com traçado distinto da estrada. Apresentam um grau médio de dificuldade. Elas são bem sinalizadas e, portanto, não há necessidade de guia.
O caminho dos escravos trata-se de uma passagem construída no século XVIII para possibilitar o escoamento da produção de diamantes da região. O caminho inicia-se no centro de Diamantina e finaliza no distrito de Mendanha, com extensão total de 20km. O trecho no interior do parque é de aproximadamente 16km de extensão. Parte deste caminho foi calçado por escravos e próximo a trilha existem diversos poços e cachoeiras. Recomenda-se o acompanhamento de guia.
Pinturas rupestres: no parque existem diversas pinturas rupestres, sendo que algumas delas podem ser visualizadas mesmo da estrada de acesso à cachoeira da Sentinela.
Vila do Biribiri: Construída no século XIX por Dom João Antônio dos Santos para abrigar funcionários da fábrica de tecidos, hoje a Vila do Biribiri é tombada pelo IEPHA. A vila não está inserida no interior do Parque Estadual do Biribiri, mas para acessá-la é preciso percorrer a estrada que está no interior do parque e também dá acesso às cachoeiras mais visitadas do parque.
Orientações
Para visitar o Parque Estadual do Biribiri, os visitantes dispõem da infraestrutura de restaurante e pousada na Vila do Biribiri, e principalmente os serviços disponíveis em Diamantina, tais como restaurantes, rede de hotéis, pousadas, receptivo turístico, transporte, etc.
Os visitantes devem se atentar as normas do parque. Não é permitida: a entrada de animais domésticos, camping, fogueiras ou churrasco. Evitar a utilização de utensílios de vidro e levar o seu lixo de volta. Som, nada de autofalantes, apenas o da natureza.
É importante lembrar que áreas naturais propiciam certo risco, tais como quedas, afogamentos, acidentes com animais, entre outros. Deste modo, os visitantes devem ter os devidos cuidados, usar roupas e calçados adequados, protetor solar e tomar muita água.
Mapas e Trilhas
Os arquivos disponibilizados estão no formato kml nativo do aplicativo Google Earth/Maps.
Mapa dos limites do PEBI
Plano de Manejo e Conselho
O plano de manejo da unidade de conservação está disponível na Biblioteca SophiA do Sistema Estadual de meio Ambiente (SISEMA), e neste link em PDF.
A unidade possui conselho consultivo. Mais informações clique aqui.