Pesquisadores e gestores públicos discutem estudos e ações para a bacia do Doce

Notícia

Qua, 17 jun 2009


Com o objetivo de alinhar as pesquisas desenvolvidas em instituições de ensino da bacia do rio Doce com as demandas do Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos de Minas Gerais e Espírito Santo, um grupo de pesquisadores e gestores de recursos hídricos se reuniu nesta quarta-feira (17), em Ouro Preto. A reunião abriu a programação do 4º Encontro Técnico-Científico em Suporte à Gestão de Recursos Hídricos do Doce que acontece até sexta-feira (19), com o apoio da Agência Nacional de Águas (ANA), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (Iema) e Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH Doce). A abertura oficial do evento será hoje, às 19h.

De acordo com a vice-presidente do CBH Doce, Joema Alvarenga, a simbiose entre órgãos gestores, comitês de bacia e academia é um avanço necessário e estratégico. "O nosso esforço é para integrar ações que são realizadas, ainda hoje, de forma fragmentada e isolada em diferentes campos de atuação. Na academia é produzido conhecimento que deve estar a serviço da gestão de recursos hídricos", afirmou.

No encontro, os gestores apresentaram para as instituições de ensino e pesquisa que integram à Rede de Ciência, Tecnologia e Inovação em Suporte à Gestão de Recursos Hídricos do Doce (Rede CTI Doce) algumas temáticas que podem ser objetos de estudo dos pesquisadores e que irão contribuir na gestão das águas. Dentre os temas, estão estudos relacionados a eventos hidrológicos extremos como enchentes e secas, à qualidade e à disponibilidade hídrica e estudos para o desenvolvimento de dispositivos para a conservação da água e do solo.

Os gestores também discutiram estratégias para trabalhar de forma integrada com as instituições que publicam editais para financiamento de projetos na área de recursos hídricos. O objetivo é garantir que os fundos financiem estudos e ações que promovam melhoria da gestão das águas, auxiliem na tomada de decisões e contribuam para um planejamento mais efetivo. 

A gerente de Sistema de Informações do Igam, Joselaine Filgueiras, destacou a importância do compartilhamento de informações com o mundo acadêmico. Ela ressaltou, ainda, a necessidade de se estudar a melhor forma de disponibilizar essas informações para facilitar o acesso e a consulta dos usuários. "O público-alvo a ser atendido pelo sistema de informações de recursos hídricos é muito amplo e diversificado, são pesquisadores, técnicos, produtores rurais, professores e estudantes, e temos que produzir e tratar informações que atendam a todos eles", ponderou.

Nos próximos dois dias de evento, os representantes da ANA, Igam, Iema e CBH Doce irão conhecer os trabalhos que já estão sendo desenvolvidos pelos pesquisadores de instituições que integra a Rede CTI Doce. Serão apresentados 38 projetos de sete instituições de ensino e pesquisa de Minas Gerais e Espírito Santo. Também fazem parte da programação, palestras e minicursos.

A Rede CTI Doce foi criada em 2006, durante o 2º Fórum das Águas do Rio Doce e tem como Secretaria-Executiva o Projeto Águas do Rio Doce. Participam do grupo, a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE), representando Minas Gerais. Pelo Espírito Santo, participam a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER) e Instituto Federal do Espírito Santo (IFES).

Fonte: Ascom/ Sisema

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