Sisema ComCiência aborda panorama das águas superficiais em Minas

Notícia

Criado: Sex, 17 mai 2024 19:53 | Atualizado: Ter, 27 ago 2024 17:39


 

Divulgação Sisema

32ComCiencia03interno

A convidada foi Larissa Guarany Elias, analista de Meio Ambiente do Ministério Público da Bahia

 

O tema da 32ª edição do Sisema ComCiência, realizado na última quinta-feira (18), foi o “Panorama da poluição das águas superficiais de Minas Gerais por meio da análise exploratória de dados espaciais”. A convidada para abordar o assunto foi a analista de Meio Ambiente do Ministério Público da Bahia, Larissa Guarany Elias.

 

Larissa Guarany é engenheira civil com mestrado em saneamento e recursos hídricos. A sergipana estudou e trabalhou em Minas por vários anos, onde desenvolveu o trabalho apresentado. “A pesquisa que realizei teve como objetivo analisar e mapear a poluição das águas superficiais por estação de monitoramento e por bacia hidrográfica de Minas Gerais”, afirma.

 

Ela detalhou a metodologia espacial que tem duas fases: uma estatística e outra de distribuição. “Com a estatística, temos uma robustez maior dos dados”, explica. A metodologia usou a base de dados do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) na série histórica entre os anos 2000 e 2021.

 

Foram observados parâmetros em 786 estações, que geraram cerca de 1,6 milhão de dados. “Locais como a RMBH (Região Metropolitana de Belo Horizonte) têm muitas estações e em outras regiões de Minas elas são mais esparsas”, observa a pesquisadora.

 

Sobre as ferramentas utilizadas, Larissa Guarany citou o software Arcgis como um dos principais para geração de informações, especialmente os mapas.

 

Resultados

 

“Os dados permitem obter a magnitude dos valores de parâmetros estudados, por bacia hidrográfica, que permitem obter a magnitude dos valores por estação de monitoramento e permite, ainda, delimitar locais e pontos focais de degradação da qualidade da água”, completa.

 

Como benefícios, ela cita a maior eficiência do monitoramento, redução de gastos e inclusão dos parâmetros. “A degradação existe, mas está restrita a áreas das bacias. A maior degradação está em Belo Horizonte e Contagem, e uma degradação pontual pode ser observada no Jequitinhonha”, afirma.

 

Também participante do 32º Sisema ComCiência, a diretora de Operações e Eventos Críticos do Igam, Wanderlene Ferreira Nacif, observou que os dados e resultados são importantes para os usuários de recursos hídricos. “É uma excelente forma de tornar pública a produção científica”, observa.

 

Sisema ComCiência

 

O Sisema ComCiência é um projeto do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), e teve início em novembro de 2020.

 

A iniciativa, realizada mensalmente, visa a divulgação de trabalhos científicos de relevância para o meio ambiente no estado, com convidados escolhidos para apresentar resultados de pesquisas científicas e acadêmicas importantes para a área ambiental de Minas.

 

O programa é apresentado e mediado por Alexandre Magrineli dos Reis, analista ambiental da Assessoria de Programas, Projetos e Pesquisa em Recursos Hídricos do Igam.

 

Emerson Gomes
Ascom/Sisema